Evento em homenagem aos 30 anos da Copa União de 1987


Homenagem aos craques responsáveis pelo Tetracampeonato Brasileiro do Flamengo

No dia 26 de dezembro de 2017 foram homenageados os craques e seus parentes que conquistaram a Copa União de 1987.

O Projeto Fla Nação Oficial reuniu torcedores, atletas e desportistas no salão Aymoré do hotel Windsor Barra Marapendi.

Foi exibido um vídeo de dez minutos, com edição e pesquisa técnica de Mario Helvécio (Marinho), sócio-proprietário do Flamengo e elaboração de Rodrigo Tolentino Nunes e Sandro Rilhó com os gols da campanha, encerrada com a vitória (1 x 0, gol de Bebeto), na decisão do domingo 13/12/87, diante de 91.034 pagantes, sobre o Internacional, no Maracanã.

HOMENAGEM IN MEMORIAM – O goleiro Zé Carlos – 7/2/62 – 24/7/2009 – foi o primeiro campeão, já falecido, a ser homenageado. Seu irmão José Luis Araújo recebeu o belíssimo cartão de prata e a camisa personalizada dos torcedores Felipe e Diogo Mussalém, Bruno Moura e Fred Wahmann. E não teve como evitar emoção e lágrimas, ao agradecer, lembrando que Zé Carlos amava o Flamengo. Disputou 350 jogos entre 86 e 91.

OS FILHOS DO ZAGUEIRO – Leandro e Luis Bagatíni, filhos do zagueiro Guto – 14/5/64 – 23/10/2009 – receberam o cartão de prata e a camisa dos torcedores Rafael Resende, Leonardo Oliveira, Otávio Rodrigues e Elton Souza. Guto disputou 127 jogos, após ser campeão mundial de juniores, em 83, com a seleção brasileira, que ganhou da Argentina em final emocionante.

O LATERAL DO TETRA – Jorge de Amorim Campos, o Jorginho – lateral do quarto Mundial que o Brasil ganhou em 94 -, campeão brasileiro de 87, havia ganho o Carioca de 86. Disputou 188 jogos em cinco anos, antes de sair para o Bayer Leverkusen, da Alemanha. Os torcedores do projeto Fla-Nação que entregaram a camisa e a placa a Jorginho foram Rafael Miranda, Julio Kezem, Luis Gustavo e Flávio Leoni. “Só quem jogou, sabe o que é jogar no Flamengo” – resumiu Jorginho.

CAMPEÃO DE 384 JOGOS – O meio-campo Ailton, que iniciou a carreira profissional no clube e jogou de 85 a 91 no Flamengo, foi também campeão carioca em 86 e 91, e da Copa do Brasil em 90. Em 384 jogos, marcou 28 gols. O cartão de prata e a camisa foram entregues a ele por Junio Polito, Marcelo e Renato Chala e Marcio Claire, felizes com a festa e orgulhosos por serem do projeto Fla-Nação.

BEBETO E O GOL DO TÍTULO – Autor do gol do título da decisão de dezembro de 87 com o Internacional, Bebeto se antecipou ao goleiro Taffarel, após o lançamento de Andrade, para decidir o jogo no Maracanã. Ele fez gol em todos os jogos da fase final e totalizou 152 em 307 jogos pelo Flamengo, onde chegou em 83. Os torcedores do Fla-Nação que lhe entregaram o cartão de prata e a camisa foram Rodrigo Dias, Felipe Martins, Cleiton Xavier e Rodrigo Caamano.

SAUDADE DE KITA – João Leithardt Neto – Kita – disputou 29 jogos entre 87 e 91, sendo lembrado com saudade por todos os companheiros, que citaram seu nome. Kita foi representado pela filha Camila, que também se emocionou, ao agradecer com poucas palavras, o cartão de prata e a camisa com o nome do pai, entregues pelos torcedores André Pastura, Diogo Guttmann e Gustavo Fernandes.

GRATO AO ÍDOLO – O ponta-direita Alcindo Sartori, com 213 jogos e 32 gols, foi revelado nas divisões de base do Flamengo. Ele foi um dos que citaram Zico, chamando-o de ídolo de sempre, e agradecendo por tê-lo aberto as portas do futebol japonês, em que marcou 50 gols em 71 jogos pelo Kashima Antlers, da então recém criada J-League. Os torcedores Victor Raposo, Udo Súter, José Caamano e Gabriel Thomas, do projeto Fla-Nação entregaram a Alcindo o cartão de prata e a camisa com seu nome.

CAMPEÃO QUE BRILHOU NA ROMA – O zagueiro Aldair estreou como profissional no Flamengo em 85, aos 19 anos, e foi campeão carioca em 86 e brasileiro em 87. Depois de 185 jogos e 11 gols, foi para o Benfica (89-90), destacando-se na Roma, entre 90 e 2003, em 415 jogos. Campeão do mundo em 94, fez 61 jogos pela seleção. Recebeu o cartão de prata e a camisa dos torcedores Artur Capela, Felipe Orofino, Alexandre Teixeira e Aurélio Regueiro, que fazem parte do vitorioso projeto Fla-Nação.

ZINHO E A GRANDE COLEÇÃO – Campeão carioca em 86, 91 e 2004, e brasileiro em 87 e 92, um dos jogadores mais vitoriosos, Zinho foi também campeão da Copa do Brasil em 90. Fez questão, ao agradecer a homenagem, de citar a união de todos os companheiros e de dizer que Zico sempre foi seu ídolo. Disputou 470 jogos e marcou 66 gols pelo Flamengo. O cartão de prata e a camisa lhe foram entregues pelos torcedores Bruno Dias, Marcos Marcondes, André Vilarim e Diego Caamano.

LEANDRO SILVA – O lateral-direito suplente Leandro Silva, campeão brasileiro de 87 e da Copa Kirin de 88, recebeu a homenagem dos torcedores Walace Souza, Vagner Coe, Gustavo Rodrigues e Alcemir Ávila. Ele disputou 18 jogos entre 87 e 90.

VANDICK E OS QUATRO JOGOS – O atacante suplente foi do Flamengo de 87 a 88, participando de apenas quatro jogos. Provocou reação alegre entre os que estavam no salão do hotel, ao perguntar: “Como eu poderia entrar se o time tinha Renato Gaúcho, Bebeto e Zico?” Vandick recebeu o cartão de prata e a camisa dos torcedores Celso Fernandes, Diogo Viveiros, Marcelo Neagu e Fernando Araújo.

MESTRE CARLINHOS – O técnico dos campeões brasileiros de 87 foi Carlinhos – 19/11/37 – 22/6/2015 -, meio-campo campeão carioca de 63 e 65. Não houve jogador que deixasse de citar a importância do trabalho de Carlinhos, que totalizou 880 jogos pelo Flamengo: 517 jogando e 313 dirigindo. A sobrinha dele, Miriane, recebeu o cartão de prata e a camisa dos torcedores Jorge Henrique e Miguel Flaksman. Todos se levantaram para aplaudir.

ZICO, O ÍDOLO MAIOR – A festa de premiação dos campeões brasileiros de 87 terminou com a entrega do cartão e da camisa a Zico, o ídolo maior da história do clube, também aplaudido de pé. Carlos Ferrão, José Alvarenga, Eduardo Valentim e Carlos Roberto foram os torcedores do projeto Fla-Nação que entregaram. Zico, maior artilheiro do Maracanã – 334 gols -, marcou 135 gols em Campeonatos Brasileiros e, junto com Pelé, Garrincha e Didi, figura no Hall da Fama da FIFA.

PRESIDENTE PRESENTE – Chegado ao Rio horas antes, o presidente da Liga Japonesa de Futebol foi um dos convidados especiais do evento e, ao ser citado, foi aplaudido por todos os que estavam no salão nobre do hotel. Nesta quarta (27), Mitsuro Murai estará no Maracanã para assistir o Jogo das Estrelas, promovido por Zico todo final de ano.

Zico pediu licença e desculpa por não poder ficar para o jantar. Ontem (26) foi aniversário de Sandra, sua esposa, e a família estava toda reunida em casa, só esperando sua chegada para o jantar comemorativo especial. E o craque também precisava descansar, pouco que fosse. Afinal, hoje (quarta, 27) tem o Jogo das Estrelas no Maracanã e ele precisava jogar, nem que seja só um tempo.

FIGURAS ESPECIAIS – O ex-presidente George Helal e Walter Oaquim, presidente do Conselho de Beneméritos do Flamengo, ambos citados pelos jogadores em forma de agradecimento pelo trabalho que sempre desenvolveram pelo clube, foram figuras especiais presentes, a convite de Sandro Rilhó, coordenador do Fla-Nação. Marcio Braga, presidente do clube quando o Flamengo foi campeão brasileiro em 87, também não deixou de ser citado, com aplausos.

COLECIONADOR DE CAMISA – Na festa houve também uma exposição feita pelo advogado Marcelo Pinho, carioca de 38 anos, colecionador só de camisas do Flamengo desde 2014. Ele conta: “Tenho 394 e a coleção começou com a 9, que era do Bebeto, entre 88 e 92”.

Entre as mais importantes, Marcelo Pinho diz estarem a 3, que era do falecido zagueiro Figueiredo, da Libertadores de 81, e a 4 do ex-zagueiro Mozer, hoje gerente de futebol do clube, com o escudo do título brasileiro de 83. Marcelo ressalta também a camisa especial da despedida de Zico, no amistoso no Japão com o Kashima, que o Flamengo venceu (2 x 1) com dois gols do ponta-esquerda Sávio.

PAIXÃO DE INFÂNCIA – O rubro-negro Marcelo Pinho diz que as camisas são mantidas em cabide especial, em armário: “Daqui a pouco vou ter ampliar o espaço porque a coleção não para de aumentar. Nasci Flamengo, não há ninguém na minha família que não seja Flamengo. É uma paixão de infância que aumenta a cada dia. Eu só tinha oito anos quando esses campeões ganharam o título de 87”.

SILVINHO BLAU BLAU E O SHOW – A noite festiva de ontem (26) no salão Aimoré 1 do Windsor Marapendi foi encerrada com o show de Silvinho Blaublau, rubro-negro dos mais fanáticos. Ele reviveu os grandes sucessos dos anos 80 e a maioria dos jogadores se esbaldou, dançando sem parar. Entre os mais empolgados, Jorginho, Zinho e Ailton.

Realização: Sandro Rilho
Equipe FlaNaçãoOficial: Sandro Rilho, Andreia Rilho. Géssica Bueno, Rodrigo Tolentino, Tulio Rodrigues, Gabriel Figueiredo, Marcelo Neagu e Montanha
Fotos: Bob Tavares e Rodrigo Allef Tolentino Nunes
Videos: Sergio Luis Vieira e Mario Helvecio Pêssego
Cobertura: Ganso Negro Imagem e Comunicação

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